quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

CONTEÚDOS PARA EXAME FINAL (2º ANO)

1º Bimestre - Cultura: sociedade e indivíduo. - Diversidade cultural e relativismo cultural. - Etnocentrismo, alteridade, identidade e diferença. 2º Bimestre - A desigualdade e a teoria social no Brasil. (Livro pág. 240 - 250) 3º Bimestre - Aspectos ideológicos dos movimentos sociais. (Livro pág 190 - 197) 4º Bimestre - Estado, política e poder. (Livro pág. 134 - 152)

CONTEÚDOS PARA EXAME FINAL SOCIOLOGIA (1º ANO)

1º BIMESTRE - Contexto histórico e pensamento social. - Origem da Sociologia. 2º BIMESTRE - A pesquisa como sustentação de nossas vidas. - Métodos de pesquisa social. 3º BIMESTRE - Auguste Comte e o pensamento positivista. OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA – AUGUSTE COMTE Os primeiros pensadores que testemunharam as transformações sociais que ocorriam desde o século XVIII e que se preocuparam em compreender e explicá-las, não eram homens de ciência ou sociólogos que viviam desta profissão. Eram antes de tudo homem voltado para a ação, que desejavam introduzir determinadas modificações na sociedade. Participavam ativamente dos debates ideológicos em que se envolviam as correntes liberais, conservadoras e socialistas. Eles não desejaram introduzir um mero conhecimento sobre as novas condições de vida geradas pela revolução industrial, mas procuravam extrair dele orientações para a ação, tanto para manter, como para reformar ou modificar radicalmente a sociedade de seu tempo. Entre esses pensadores podemos destacar: Comte, Marx, Durkheim e Weber. Estes são considerados clássicos da sociologia, pois seus pensamentos ainda têm poder explicativo, sua vitalidade teórica e explicativa ainda alcança a era contemporânea, embora apresente limitações. 3.1. VIDA E OBRA Isidore Augusto Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, nasceu em Montpelier a 19 de janeiro de 1798. Foi fundador do positivismo foi ele também que batizou com o nome de sociologia uma nova ciência que antes ele chamava de “física social”. Augusto Comte foi importante para a sociologia, pois, através de sua perspectiva positivista que deu os primeiros passos para a cientificidade da sociologia, mas ainda confundida com uma filosofia social e religiosidade de tipo ideologicamente conservadora. Suas principais obras são: Curso de Filosofia Positiva e Sistema de Política Positiva. _______________________________________________________________________________________________ 3.2. OS TRÊS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO POSITIVISMO COMTEANO I – Prioridade do todo sobre as partes: significa que, para compreender e explicar um fenômeno social particular devemos analisá-lo no contexto global a que pertence. Considerava que tanto a sociologia estática (estudo da ordem das sociedades em determinado momento histórico) quanto à sociologia dinâmica (estudo da evolução das sociedades no tempo) deveria analisar a sociedade, de uma determinada época, correlacionando-a a sua história e a história da humanidade (a sociologia de Comte é, na realidade, sociologia comparada, tendo como quadro de referência a história universal); II – O progresso do conhecimento é característica da sociedade humana: a sucessão de gerações, com seus conhecimentos permiti uma cumulação de experiências e de saber que constitui um patrimônio espiritual objetivo e liga as gerações entre si, existe uma coerência entre o estágio dos conhecimentos e a organização social; III – O homem é o mesmo por toda à parte e em todos os termos: em virtude de possuir idêntica constituição biológica e sistema cerebral. _______________________________________________________________________________________________ 3.3. A LEI DOS TRÊS ESTADOS 1°. Estado teológico ou fictício – na fase inicial da evolução histórica, o mundo, a vida, os fenômenos em geral são explicados através dos recursos das forças sobrenaturais, mágicas dos deuses, primeiramente é a forma de feiticismo no monoteísmo. A esta forma de conhecimento, corresponde uma forma de organização sóciopolítica: o Governo Monárquico em que o poder real absoluto é legitimado pelo direito divino. Aqui se explicam os diversos fenômenos através de causas primeiras, em geral personificadas nos deuses. O estado teológico subdividiu-se em: a). Fetichismo, em que o homem confere vida, ação e poder sobrenaturais a seres inanimados e a animais. b). Politeísmo, quando atribui às diversas potências sobrenaturais ou deuses certos traços da natureza humana (motivações, vícios e virtudes). c). Monoteísmo, quando se desenvolve a crença num Deus único. 2º. Estado metafísico ou abstrato – nesta fase assim como na anterior a sociedade ainda busca explicações de caráter absoluto. A diferença é que a divindade é substituída por conceitos como a “essência” e substância (a coisa em si), “causas primárias” (origem absoluta), “causas finais” (destinado absoluto), que embora produzidos pela razão, não pode ser comparadas objetivamente. A organização sóciopolítica próprio a esta fase é a República liberal, fundamentada em suposições metafísicas, ou seja, nos direitos humanos. As causas primárias são substituídas por causas mais gerais – as entidades metafísicas –, buscando nestas entidades (ideias) explicações sobre a natureza das coisas e a causa dos acontecimentos. 3°. Estado positivo ou científico – é o último estágio da evolução humana, em que a sociedade atinge o conhecimento científico, isto é, verificável, objetivo e que se expressa em termos de leis naturais. A filosofia de Comte é justamente uma análise do estado positivo. O homem tenta compreender as relações entre as coisas e os acontecimentos através da observação científica e do raciocínio, formulando leis; portanto, não mais procura conhecer a última das coisas e as causas absolutas. _______________________________________________________________________________________________ 3.4. O CONHECIMENTO POSITIVO Segundo Comte, o único conhecimento válido é que se baseia em fatos. Por isso, a imaginação deve estar completamente subordinada a observação da realidade sensível e manipulável pela técnica. Constantemente, abandona-se qualquer tentativa de conhecimento absoluto ou pelas causas, o objetivo é chegar às leis, ou seja, as relações constantes que os fatos possuem entre si. Para Comte, somente a filosofia positivista, livre das teologias e da metafísica, poderia superar as contradições da humanidade, levando a alcançar o seu destino de progresso. 3.5. A CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS Comte classificou as ciências segundo dois critérios interdependentes: a).O critério de generalidade decrescente e complexidade crescente; b).O critério histórico, a ordem histórica das ciências: matemática, astronomia, física, química, biologia e sociologia. 3.6. A POLÍTICA POSITIVISTA O fundamento da política positiva é: “o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”. Só pode haver progresso social na medida em que o governo mantém a ordem, reprimindo as manifestações críticas, sufocando revoltas, garantindo desta forma a paz, a ordem e o progresso. Para Comte, o governo deve ser ditatorial, para poder instaurar a nova moral positiva, subordinando os interesses individuais ao coletivo, garantir a ordem social a qualquer custo. 3.7. A RELIGIÃO DA HUMANIDADE Comte propôs uma religião positivista, cujo objeto de culto é a própria humanidade, através da veneração dos motivos, principalmente os filósofos e cientistas. Essa religião seria a base da política positiva, na medida em que seus sacerdotes, os sábios deveriam inculcar na sociedade os princípios morais. _______________________________________________________________________________________________ Fonte do texto: http://www.falandodehistoria.com.br/radioweb/wp-content/uploads/2015/03/APOSTILA-1-SOCIOLOGIA-PRIMEIROS-E-TERCEIROS-ANOS.pdf - Durkheim e o fato social. 4º BIMESTRE - Instituições sociais. (texto do caderno)